A Caverna de Circe

Texto de Alcides Gizi, Edy Mendes, Idely Rodrigues, Marta Reis, Sebastião Paz

Na antiga Hélade, em algum lugar da Arcádia...

    Naquela manhã, o jovem pastor de ovelhas Argos saiu da aldeia de seus pais e tomou a estrada, entre o bosque e a pedreira. Era seu caminho diário para o trabalho, mas nesse dia ele apressava o passo, pois o vento que soprava prometia chuva. Como era a época de tosar os carneiros, ele não teria de levá-los para pastar; mas tinha de chegar logo à propriedade para ajudar na tosa.
    Topol, um homem de meia idade, artesão ceramista, peregrinava pela estrada próxima à mata quando viu o garoto. Na mesma hora, aproximou-se e puxou conversa, dado o seu espírito comunicativo.
    Conversaram enquanto andavam. Mais adiante, encontraram uma mulher de seus cinquenta anos, que parecia um pouco perdida e olhava para todos os lados.
    – Senhora, por que esse ar preocupado? – perguntou-lhe Topol.
    Ela respondeu de imediato.
    – Estou à procura de minha filha, que desapareceu. Tive notícias de que ela estaria nesta região, mas acho que me perdi. Existe alguma aldeia por perto?
    O homem não pôde informar.
    – Infelizmente não sei, acabo de chegar a esta localidade. Pergunte ao garoto, ele mora nesta área.
    Argos, que era tão falante quanto Topol, começou na hora a descrever toda a região, as aldeias e propriedades próximas. Terminou dizendo:
    – Mas não soube de nenhuma moça perdida por aqui. Podemos perguntar à esposa de meu patrão, o dono dos rebanhos. Ela poderá ajudar.
    Os três seguiram adiante, apresentando-se e entabulando conversa.
    Enquanto isso, num caminho não distante dali, um jovem alto e forte, de porte guerreiro, aproximava-se. Chegando à estrada maior, viu as três pessoas que conversavam.
    “Talvez eles possam me ajudar”, pensou.
    Vinha de longe, com uma missão difícil, em busca de certo local onde encontraria uma planta miraculosa.
    Decidiu pedir-lhes auxílio. Achegou-se ao grupo e perguntou:
    – Um de vocês saberia me dizer onde fica, nestes campos, um vale conhecido como “Vale da Sombra e da Morte”?
    O pastor arregalou os olhos, com medo.
    – Eu não sei de nada!
    A mulher, que havia se apresentado como Deméter, pareceu apavorada com a pergunta e disse que não conhecia a região.
    “Será que minha filha pode estar nesse tal vale?”, foi seu pensamento.
    Topol quase sorriu.
    – Meu jovem – respondeu –, para ir a esse lugar, você precisaria receber um convite dos deuses. Teria de ir a outra dimensão, pois creio que o vale fica no Hades...
    Quando o ouviram dizer isso, todos estremeceram. O guerreiro, porém, declarou:
    – Se esse é o caminho, é o que eu vou seguir.
    Um vento gelado soprou com força naquele instante. Com um arrepio, Argos olhou para as nuvens e resmungou:
    – Se não andarmos depressa, vamos todos para o Hades! Vem aí uma tempestade das grandes...
    Os três começaram a andar na mesma direção que o pastor. Caminharam apressados por algum tempo, com o garoto à frente, o recém-chegado atrás dele e o homem acompanhando a senhora.
    O rapaz se apresentou como Tebas, soldado a serviço do rei Arquis. Apesar do importante cargo, que dissera ocupar, os outros o olharam com desconfiança. Nada falou sobre sua missão.
    Seu trajeto foi interrompido pelo som de uma voz suave, acompanhada pelo ruído de água corrente.
    – Tenho sede – lembrou Topol. – Caminho há horas e não encontrei nenhum regato.
    – Tem uma fonte ali para baixo, perto das cavernas – explicou Argos, indicando o local de onde vinham os sons. – Podemos parar um pouco mas não devemos demorar, porque a chuva não tarda. E dizem que a fonte é encantada, pode ser perigosa...
    Deméter também estava com sede e decidiu parar também.
    – Que bom, preciso descansar um pouco.
    O pastor os levou à trilha que levava à fonte. Era coberta de pedras e ladeada por muitas árvores, como um bosque, semelhante a um pequeno oásis. O som de água corrente trouxe uma sensação de tranquilidade a todos.
    Assim que se aproximaram mais, viram que, à beira da nascente, havia uma jovem.
    Argos, o primeiro a chegar lá, ficou extasiado ao perceber a moça de longos cabelos negros e cacheados, usando vestes leves e soltas que esvoaçavam com a ventania.
    Ela parecia conversar; a musicalidade de suas palavras espalhava-se pelos meandros do bosque, como se dialogasse com alguém. Porém, quando os outros se acercaram do regato, o garoto despertou daquele momento de encantamento e viu que ela estava sozinha.
    A jovem, surpreendida pelo murmúrio das vozes, virou-se, observou a cada um com atenção e fez uma reverência.
    – Saudações, peregrinos.
    Argos correspondeu imediatamente à reverência que ela havia feito.
    – Louvados sejam os deuses – disse Topol.
    Deméter deu um passo à frente e exclamou:
    – Como você é linda! Parece minha filha.
    E foi sentar-se numa pedra junto à nascente, para matar a sede. Argos a seguiu.
Tebas, o soldado, fez um cumprimento com a cabeça e indagou:
    – O que faz aqui, sozinha? O pastor diz que vem uma tempestade forte.
    Ela sorriu.
    – Nós somos ninfas. Brincamos com as palavras na água. Não temos medo de tempestades…
    – Nós? Só estou vendo você – comentou Deméter.
    – Eu e minhas amigas gostamos de alterar as formas da água. Elas se foram, mas eu fiquei para recebê-los. Sou Duana.
    O vento aumentava. Os viajantes se entreolharam. Topol abaixou-se e bebeu da água cristalina da fonte com a palma da mão. Tebas fez o mesmo.
    Ainda estavam a matar a sede quando, do meio do bosque, surgiu uma figura. Era um homem, vestindo longa túnica e usando sandálias de couro. Todos o fitaram com certa estranheza, pois parecia ter aparecido do nada.
    – Bons dias – disse ele. – Também fui atraído pelo som da água. Estou com sede.
    E, dirigindo-se para a beira da nascente, pôs-se a beber. Assim que saciou a sede, apresentou-se.
    – Sou Herófanes, viajo por estas redondezas à procura de pedras, plantas e minerais que possam salvar meu povo. Sou um alquimista.
    Enquanto ele falava, nuvens escuras cobriram o céu, como se a noite chegasse em plena manhã. Ouviu-se um estrondo súbito. Eram trovões que já antecipavam o forte temporal. Percebendo o temor dos peregrinos, Duana sugeriu-lhes buscar abrigo nas grutas próximas.
    O alquimista afirmou:
    – Conheço as cavernas, tenho usado uma delas para fazer minhas pesquisas. É verdade que podemos nos proteger lá durante a tempestade.
    Novo trovão os fez decidirem-se. Vendo a aprovação de todos, Duana exclamou:
    – Caros estrangeiros, que os Deuses nos protejam!
    Herófanes seguiu na frente, como se indicasse o caminho. A tempestade se tornava mais forte e, embora a ventania tivesse diminuído, a chuva começava, a princípio uma garoa, mas logo aumentando.
    A gruta não ficava longe; com a entrada oculta pela vegetação, parecia apenas uma cavidade nas rochas. Porém, ao entrarem, viram-se em uma ampla câmara de pedra cinzenta.
    Uma vez lá dentro, a bela ninfa advertiu a todos sobre a existência de enigmas que deveriam ser desvendados. Aquele lugar, ao anoitecer, pertencia aos domínios da deusa Circe, poderosa feiticeira e considerada senhora da noite.
    Os companheiros de caminhada entreolharam-se, assustados, e ajeitaram-se na gruta. A tempestade se tornava mais forte e, embora a ventania tivesse diminuído, a água agora caía do céu com muita intensidade. Acompanhados pela trovoada, os raios pareciam mais próximos.
    Argos, o pastor, estava inquieto. A ninfa, disfarçando um leve sorriso, dirigiu-se a ele de forma doce. Emitiu palavras suaves, que mais pareciam cânticos. O vento forte emoldurava ainda mais aquela cena, os longos e negros cabelos da ninfa revoavam, assim como suas vestes. Esse encantamento era percebido apenas pelo pastor que, embevecido, parecia flutuar...
    Algum tempo após entrarem no refúgio, um raio atingiu a frente da caverna. Todos viram a luz cegante, seguida por um trovão que fez estremecer a gruta, atingir a entrada.
    Deméter e Argos gritaram, Duana encolheu-se e os três homens se puseram à frente de todos. Pedras caíam em meio ao pó e ao cheiro de mato queimado. A luz do dia quase desapareceu, pois o raio atingira as rochas e as fizera desabar, fechando a abertura e deixando apenas alguns vãos. Várias paredes internas descascaram.
    Topol foi observar a entrada obstruída da caverna e notou que haviam surgido inscrições numa das paredes da gruta. Teriam sido criadas pelos raios ou já existiam antes?
    Os outros também atentaram à parede que, antes, não era visível e onde agora havia inscrições estranhas. Herófanes, surpreso, exclamou:
    – Finalmente, encontrei! Era isso que eu procurava.
    Deméter, que de longe observava, lembrou-se de um sonho que tivera antes de partir. Foi até eles e contou que, em seu sonho, vira inscrições que teriam a resposta sobre o sumiço de sua filha.
Ficaram ali os três a olhar os escritos.
    Mas o espanto de todos foi interrompido por um som gutural. Parecia ser um animal, e estar muito próximo. Os companheiros recuaram e apenas Duana manteve sua atitude encantadora.
Revelou a possibilidade de encontrarem ali criaturas ferozes e não conhecidas, já que Circe costumava transformar homens em animais, segundo a lenda.
    Alguns dos peregrinos murmuraram:
    – Será ela uma bruxa maligna?
    – Possui poderes alquímicos, nem sempre malignos – respondeu a ninfa.
    Prosseguiu, explicando que a feiticeira era também conhecida como a senhora da Lua Nova ou Lua Negra. Com o auxílio de sua varinha, poções, ervas e feitiços fazia também as florestas se moverem e o dia virar noite.
    Enquanto a ninfa contava a história, atraindo a atenção de Herófanes com a menção à alquimia, Topol prosseguiu em sua análise das inscrições na parede A escrita fora feita em dialeto jônico. Do grupo, talvez apenas o ceramista soubesse lê-la. Embora não tivesse revelado, ele era um filósofo e andava em busca da Verdade.
    Mas, antes que pudesse dizer qualquer coisa, ouviu-se um urro vindo do fundo da caverna…
Tebas ouviu o ruído a reverberar na caverna, num crescendo em meio à semiescuridão. O som parecia aproximar-se deles…
    Naquele momento, viram aparecer um mostro horrível. Tinha chifres por todo o corpo, três cabeças, asas de morcegos que brotavam da pele enrugada. As patas eram de elefante e a língua de cobra.
    O bicho estava furioso; parecia ter saído de algum portal do Hades, naquele momento de tensão e desespero. Mas o corajoso guerreiro sacou sua espada e enfrentou a fera.
    Travou-se uma briga mortal. Tebas conseguiu desferir um golpe na perna do animal. Sangrou muito e o monstro ficou enlouquecido com a dor. Para piorar, a espada ficou enterrada na perna do bicho, que saiu correndo para matar Tebas com as garras. Porém ele conseguiu passar pelo meio das pernas do monstro e recuperou a espada.
    Desferiu outro golpe no animal, decepando uma das cabeças, depois outra e, por fim, a terceira; as cabeças rolaram no chão e o monstro caiu, parecendo morto.
    Então algo estranho aconteceu…
    As cabeças começaram a se regenerar e o animal se pôs de pé novamente, mais enfurecido ainda!
    Afastando-se do grupo, Herófanes buscou outra câmara da caverna, que já conhecia e onde havia improvisado seu laboratório. Começou a preparar uma mistura com minerais, plantas e outros elementos.
    Tebas não o viu sair; olhava o bicho, sem entender o que acontecera.
    – Ele ressuscitou?
    A ninfa estava certa, o animal devia ser encantado pela tal Circe.
    O guerreiro ergueu a espada, girou-a para cima e invocou sua magia. Não contara aos outros que portava uma arma mágica, mas agora era seu único recurso.
    Raios caíram sobre a fera, que despencou no chão de pedra, queimando.
    Todos imaginaram que ele finalmente vencera o monstro, mas o impossível aconteceu mais uma vez. Espantado, o soldado não acreditava em seus olhos: a fera se levantava novamente.
    Algo sobrenatural estava de fato em ação.
    – O monstro não morre! – gritou Argos.
    Nenhum dos dois combatentes desistiu: retomaram a luta. O guerreiro desferiu mais um golpe na fera, decepando de novo uma das cabeças; mas não adiantou, pois aquilo tornou a se regenerar.
    Mesmo cansado, ele não abandonaria o confronto. De sua força dependiam a vida dele e dos companheiros…
    Quando a situação parecia fatal, Herófanes voltou, correndo, à câmara principal. E jogou sobre o animal a mistura que preparara.
    No mesmo instante o monstro se transformou em pedra.
    Todos respiraram, aliviados.
    A tempestade continuava intensa lá fora, mas agora sua fúria parecia insignificante, comparada ao que tinham vivido.
    Enquanto Duana, Deméter e Argos acudiam o guerreiro, que recuperava o fôlego, Herófanes foi olhar as inscrições. Também percebera que escrita fora feita em dialeto jônico. Topol achegou-se a ele e ambos passaram a decifrar aquilo. Foram traduzindo os sinais em palavras, até que obtiveram uma mensagem um tanto enigmática.
    – O que descobriram? – perguntou Tebas, já refeito da luta, indo para junto deles.
    – Com sua voz potente, Topol leu:
    – 
O acaso traz encontros. A união supera os obstáculos que travam os mistérios ocultos de cada um. Removem-se as pedras, abrem-se os portais.
    Herófanes suspirou.
    – As mensagens dos deuses sempre vêm em enigmas...
    O ceramista, porém, sorriu.
    – Isso quer dizer que não estamos reunidos aqui por acaso. Temos de nos unir para superar as provações... Deve haver alguma pedra nesta caverna que nos abra um caminho, o portal de que fala a inscrição.
    – Então vamos procurar – disse Argos.
    E o pastor saiu a olhar as paredes da gruta, embora ainda estivesse muito escuro.
    – Está escuro, como vamos encontrar alguma coisa? – queixou-se Deméter.
    – Vou dizer algumas palavras da luz – propôs Duana.
    No mesmo instante, a ninfa começou a recitar. O som dos versos que enunciava fez com que reflexos de luz surgissem dos filetes de água que, só agora eles percebiam, minavam das paredes da gruta.
    O jovem pastor, encantado com a iluminação que se fazia, foi o primeiro a localizar uma pedra de cor marrom, que se destacava das demais, uns trinta passos à esquerda do que fora a entrada da caverna.
    – Vejam, ali!
    A pedra era do tamanho de um homem e parecia ser muito, muito pesada. Contudo, Tebas não hesitou. Foi até ela e, com bastante dificuldade, tentou removê-la.
    Mas mal conseguiu mexer a rocha.
    Foi então que Topol propôs:
    – Temos de fazer o esforço juntos, como disse a inscrição.
    Deméter relutou.
    – Não tenho forças para isso!
    Duana a contestou.
    – Lembrem-se dos mistérios ocultos de cada um. Todos devem ajudar.
    Fazia sentido. Como se fossem uma só pessoa, eles se uniram e, poupo a pouco, conseguiram fazer a grande pedra deslocar-se.
    Diante deles, formou-se enorme portal. Uma atmosfera nebulosa saía dele e começava a envolver todas as pessoas.
    Tebas deu um passo a frente e desapareceu na neblina. Atrás dele, seguiram Argos, Deméter e os dois homens. Por último, a ninfa penetrou na abertura.
    Foram parar num grande patamar de onde saía uma escadaria que descia, e que parecia não ter fim. Topol chamou Herófanes e indicou as paredes que ladeavam os degraus.
    – Veja, há desenhos riscados nas rochas.
    Os dois pararam e começaram a tentar decifrar mais aquilo.
    Mal descera alguns degraus, Tebas exclamou:
    – Tem alguém caído logo à frente!
    Argos o seguiu e constatou:
    – É uma moça! Devia ser prisioneira daquele monstro.
    Deméter, que estava distraída observando as figuras, foi até eles rapidamente.
    Mal podia acreditar que aquilo estava acontecendo.
    – É minha filha! Está ferida?
    O soldado tentou acordar a jovem desfalecida.
    Com os olhos marejados e o peito apertado, a mãe debruçou-se sobre a filha, chamando-a e sacudindo-a de leve.
    Ainda no patamar, Duana mexeu nos cabelos e retirou uma fivela. Desceu suavemente pelos degraus e se aproximou do grupo. Com muita delicadeza, colocou a fivela nos cabelos da jovem, que imediatamente abriu os olhos.
    Ela reconheceu a mãe. As duas se abraçaram, sem nada dizer, enquanto o grupo as observava.
    – O encanto foi quebrado – disse Duana. – Aquele monstro devia ser um dos guardiões de Circe. Ele raptou a garota, mas graças a vocês, foi derrotado. Minha fivela acabou com o restante da magia.
    Argos parecia agoniado. Olhava para os degraus de pedra, que desciam para a escuridão.
    – E agora? Para onde vamos?
    Foi Herófanes que respondeu.
    – Nestas inscrições encontrei o que procurava: onde estão escondidos certos segredos da alquimia, que busco. Vejo também a indicação de um caminho para sairmos da caverna, se seguirmos adiante.
    Topol concordou com ele, e, avançando um pouco mais, exclamou:
    – Louvados sejam os deuses! Há mesmo uma saída por aqui...
    Os outros seguiram seu olhar e viram que, à direita e acima, brilhava leve claridade. Uma trilha levava ao mundo exterior.
    A ninfa acrescentou:
    – Caros estrangeiros, sigam os caminhos internos. Cada um já tem sua resposta.
    Mais uma vez unidos, eles andaram naquela direção. Herófanes e Topol abrindo o caminho, Deméter abraçada à filha e Argos quase correndo.
    Foram sair numa clareira do bosque. A chuva havia passado. Mas, então, perceberam que o guerreiro não os acompanhara.
    – Onde está Tebas?
    Duana sorriu para eles.
    – O caminho do guerreiro é outro. Ele já seguiu sua jornada.
    E, enquanto o grupo retornava à estrada, o corajoso jovem descia a escadaria.
    A ninfa estava certa, a missão que o levara àquelas terras se cumpriria: ele penetraria mais e mais nos meandros que o levariam ao Vale da Sombra e da Morte.
    Ainda passaria por muitos portais.
*

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Total de visualizações de página